A falta de água em São Paulo e seu ponto positivo (talvez o único)

Talvez o copo esteja meio cheio (pelo visto não de água)

Apesar de ser uma lâmpada de lava, que não ilumina absolutamente nada (e tem incríveis zero outras utilidades), eu gosto de ver o que os anglófonos chamam de bright side – o lado bom das coisas, o aspecto positivo. Também chamam isso de denial, mas não vem ao caso.

Mesmo nas situações mais difíceis, tento sempre enxergar o que podemos ganhar com elas. O que podemos extrair de algo ruim para nos beneficiarmos no futuro. Basicamente, gosto de usar a merda do hoje pra adubar as flores de amanhã (isso foi quase poético).

Assim, combinando essa atitude montypyhtoniana ao meu background no ~mundo das letras~, cheguei à conclusão de que a extrema incompetência do governo do Estado de São Paulo, aliada a uma mais que prevista seca, nos dará a incrível oportunidade de MUDAR, AMPLIAR, DESENVOLVER E EVOLUIR O USO QUE FAZEMOS DA LÍNGUA PORTUGUESA.

Línguas mudam e evoluem de várias formas: através do contato com outros idiomas, do surgimento de novas tecnologias e, também, da influência dos tempos em que vivemos. E é aí que eu quero chegar. Cheguei.

As novas possibilidades de construções como metáforas, comparações e outras figuras de linguagem são tão vastas quanto as represas secas do estado. Podemos dizer, por exemplo,

“ele é mais incompetente que o governador de São Paulo!”

para nos referirmos a alguém especialmente inepto para função que ocupa. Ou, quem sabe falando sobre uma atriz de filmes pornográficos que está fazendo muito sucesso,

“tá ganhando mais dinheiro e fodendo mais gente que a Sabesp!”

Já imagino as conversas de moças ácidas nas mesas de bar, no melhor estilo ‘Sex and The Ciiiity, mêo! –SP edition’:

“Por que você chutou aquele cara? Ele era um gato!”
“Eu sei, mas era mais raso que o Cantareira.”

E há inclusive a possibilidade de neologismos, como “Geraldar”, que pode significar “mentir descaradamente”, “enganar toda uma população”, ou até “ser totalmente inútil no trabalho que tem”.

Prevejo e já tenho percebido o uso de algumas expressões do tipo no dia a dia dos paulistas, e acho que está na hora de essa evolução da língua ganhar as páginas dos jornais, as telas de TV e a internet. Novas palavras e expressões frequentemente surgem nas ruas, na população “comum”, mas só alcançam o devido reconhecimento linguístico através da literatura. Assim, precisamos dos chicobuarques, antoniopratas, marthamedeiros, luisfernandoveríssimos e jorjamados (eu sei que ele morreu, mas usem o Chico Xavier (eu sei que ele também morreu, mas usem um equivalente encarnado. OU um médium que receba um médium que recebe outros espíritos!)) brasileiros nessa empreitada. Escritores do Brasil, escrevei!

Linguistas, lexicógrafos e dicionólatras, preparai-vos! Uma grande mudança se aproxima na Língua Portuguesa!

Guia Pasquindie São Paulo – Ibotirama

Hora do sofisticadíssimo novo membro pasquindeiro – Pierre Dijón – analisar o famoso bar paulsitano Ibotirama.

Por Pierre Dijón

Olá caro leitor, cara leitora. Meu nome é Pierre Dijón e sou o mais novo escritor desse belo webiste o qual você está visitando. Antes de mais nada, vou me apresentar. Sou formado em gastronomia na Università Degli Studi Di Scienze Gastronomiche – localizada na província de Cuneo, na região do Piemonte, ao norte da terra da bota –  e fiz alguns cursos de enologia, barista, hotelaria e me especializei na faculdade de Oxford em ciências sociais aplicada a grandes metrópoles. Assim, com minha bagagem, os rapazes d’O Pasquindie convidaram-me para trazer um pouco da cultura da Xª arte, a gastronomia, e seus adjacentes prazeres como a vida noturna.

Vamos embarcar nessa gostosa jornada? Pois como dizia o grande enólogo Claude Le Freux, “não se recusa um bom convite e um bom gruyère” rsrsrsrsrs.

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Na estreia dessa deliciosa (literalmente rsrsrsrsrs) coluna, irei falar sobre um dos “points” da boa e velha boemia jovem da cidade de São Paulo. O bar Ibotirama.

Localizado na Rua Augusta de tantas glórias e de charme incomparável, o Ibotirama em minha análise não deixa a desejar quando comparado a lugares incríveis como o The Champagne Bar em New York e – um dos meus favoritos – o bar do hotel Ritz Paris.

Antenado no barroquismo e nessa coisa instigante que são os contrastes da vida líquida contemporânea, o bar Ibotirama é formado por três ambientes distintos em decoração, que eu, particularmente, chamo de “identidades cosmopolitas”. Se de um lado, com azulejos brancos o bar nos remete ao bom e velho botequim de saudosas conversas palatáveis da burguesia paulistana, do outro lado os elementos amadeirados passam uma sensação amistosa, de aconchego. E para completar essa tríade de sensações, temos o andar de cima, com uma luz mais amena e ainda com amadeirados, nos transportando para momentos de gostosas risadas em meio a uma boa mesa servida de boas bebidas e uns pormenores para agitarmos nossas papilas rsrsrsrs.

Fonte: http://santaigrejadaonifodencia.com/

Sobre as bebidas aliás, para um bom apreciador de cervejas, é um lugar indicado. Ainda mais pela expertise dos garçons, que sabem com primazia a escolha do receptáculo para a degustação. Weiss em copo de Weiss. Stout, em copo de Stout, claro. Essencial!

E para ajudar a distrair a boca, nada melhor que uns bons petiscos. Aqui, no Ibotirama, fritas com bacon – que para mim, são quase uma pancetta vide tamanha alegria que dá em nossas papilas gustativa – é a pedida! Provolone à milanesa (sdds Milão rsrsrsrs) monta essa dupla dinâmica que nos faz valer nem 10%, mas até mesmo 20% para o “chefe”, o “xará”, o “mestre” que nos atende rsrsrsrs.

Mas, como toda boemia tem hora para acabar – uma pena rsrsrsrs – o bar não adentra a escura e íntima madrugada paulistana. Aliás, deixe-me indo, pois estou aqui escrevendo esse textos enquanto repouso pois sob uma cadeira deste bar que me tem como parte do corpo rsrrs. Um brinde, amigos!

 

Nota: 3-5

Exposição sobre os Beatles desembarca em São Paulo

Não vai dar bobeira e perder!

TheBeatles

Com uns ctrl+C/ctrl+V da Rolling Stone Brasil.

Dessas pra chamar de imperdível: de 9 de junho (hoje!) a 16 de julho o Centro Brasileiro Britânico da Great Britain House abriga a exposição Beatles – 50 anos de história, que marca os 50 anos da Invasão Britânica nos EUA com 50 objetos dos ~Fab Four~, incluindo fotografias pessoais, ingresos de shows, um baixo autografado por Paul McCartney e o convite da festa em que John e Paul se conheceram (item tatuável, vamos combinar).

A curadoria da exposição fica por conta do colecionador Marco Antonio Mallagoli (fundador do fã clube Revolution); a parada rola na Rua Ferreira de Araújo, 741, em Pinheiros, e pode ser visitada das 10h00 às 19h00 – mas não aos fins de semana, fica esperto.

Não sei se cobra pra entrar, então quem for, avisa aqui, por gentileza.

VIVA O VINHO QUÍMICO! Virada Cultural 2014 já tem data definida

Se você curte boa música e está afim de enfrentar filas, muvuca e arrastão, reserve sua agenda!

A-hora-da-virada (1)

Reserve sua agenda para um fim de semana regado a muito vinho químico, sujeira e corre-corre pra fugir de arrastão! A Prefeitura de São Paulo confirmou os dias 17 e 18 de maio para a realização da nona edição da Virada Cultural.

Nenhuma atração foi confirmada até o fechamento desta edição (desculpem, mas sempre quis falar isso), mas já temos nossos palpites: mais de dois milhões de pessoas espalhadas pelo centro da cidade, vômitos mil no Vale do Anhangabaú, criançada remelenta perdida das mães na Praça da República, facada na Cracolândia, Eduardo Suplicy de cueca causando no show de alguma banda da qual ele não manja nada e um site oficial do evento muito, mas muito ruim. Uhuuu!

Mostra sobre Cazuza abrilhantará SP a partir de amanhã

Exposição “CAZUZA mostra sua cara” estreia no Museu da Língua Portuguesa.

cazuzo

Se estivesse vivo, Cazuza seria fã dos Arctic Monkeys?

O Braseel já teve alguém que divou tanto na música que nem o nosso purpurínico rebelde Cazuza? a resposta é: NÃO, BRUACA. Se você não concorda com esta afirmação, vá visitar o Museu da Língua Portuguesa a partir de amanhã, porque vai ter uma exposição MA-RA-VI-LHO-SA sobre a vida, obra e brilho do ícone da rebeldia oitentista brasileira (adoro falar difícil, vocês amam quando eu faço isso, eu sei).

A exposição começa amanhã (dia 22) e termina só no dia 23 de fevereiro (então lava essa sua peruca cheia de resto de salgadinho, passa um pó na cara e bota o lencinho pin-up na cabeça e vai curtir esse rolê cult).